Médicos do hospital francês de La Timone, em Marselha, examinaram o caso incomum de um homem que leva uma vida normal, apesar de ter um "cérebro praticamente ausente" nas imagens de ressonância magnética, revela a revista britânica 'The Lancet' do próximo sábado (21).
Casado e pai de dois filhos, o francês de 44 anos que não teve o nome revelado é funcionário público. Ele foi ao hospital em 2003, devido a um problema de locomoção.
A equipe de Lionel Feuillet diagnosticou uma hidrocefalia não comunicante, o que compreende um aumento da quantidade de líquido na cabeça. A ressonância magnética revelou "imagens muito infreqüentes, com cavidades ventriculares enormes", explicou o neurologista. "O cérebro em si, a substância cinzenta e a substância branca, estão comprimidas nas paredes do crânio". Para Feuillet, esse caso de "discordância entre a ressonância muito inquietante e uma vida praticamente normal" representa "uma de esperança".
Apesar de o Coeficiente Intelectual (QI) do paciente ser de 75 --contra a média considerada normal de 80--, isso não impediu seu desenvolvimento ou sua vida em sociedade, destacou o especialista.
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